Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e o Ministério da Educação (MEC) pretendem discutir e elaborar mecanismos para definir prioridades para o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) na 1ª Conferência Nacional de Emprego e Trabalho Decente, que será realizada entre os próximos dias 8 e 11, em Brasília. O tema foi discutido hoje (1º) pelo ministro do Trabalho e Emprego, Brizola Neto, por técnicos do MTE e por secretários estaduais do Trabalho, na reunião do Fórum Nacional de Secretarias do Trabalho (Fonset).
Segundo o secretário de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Marco Antônio de Oliveira, a ideia é partir do Plano Brasil Maior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), que define prioridades do Brasil em termos de investimento, para então definir as profissões que deverão ser alvo do Pronatec.
Demanda
Segundo o ministro Brizola Neto, o Executivo deve identificar a demanda do mercado para ofertar a qualificação profissional de acordo. “O Pronatec veio para solucionar as dificuldades e os gargalos. A qualificação deve estar amparada na realidade do mercado de trabalho”, disse.
O ministro informou que os investimentos nos estados deverão ser feitos de forma regionalizada, de acordo com as vocações de cada área. Daí as discussões sobre a elaboração de um sistema único de emprego, apoiada pelos estados, que também será colocado em pauta na conferência da próxima semana.
Representantes das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul manifestaram interesse na melhor definição do papel de cada ente federado nas políticas tripartites (União, estados e municípios) para o Trabalho e Emprego.
Sistema único
Os estados decidiram na reunião do Fonset que vão propor ao governo federal, na conferência, a criação de um sistema único de emprego, semelhante ao modelo do Sistema Único de Saúde (SUS). O modelo seria feito por meio de transferência fundo a fundo, com repasse automático, sem intermédio de convênios, baseado em população e tipos de serviços oferecidos.
A criação do sistema tem o apoio de Brizola Neto. “Precisamos de uma nova proposta para o FAT [Fundo de Amparo ao Trabalhador] e também mudar o modelo de transferência de recursos, que está esgotado. Precisamos de soluções para superá-lo. O sucesso do sistema depende de padronização”, disse o ministro.
Segundo o conselheiro fiscal do Fonset, Nilton Vasconcelos – secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte do governo baiano –, o objetivo do sistema seria a definição dos papéis da União, dos estados e dos municípios na execução das políticas públicas no setor. “Essa é a questão prioritária da conferência. Não há como abordar o tema trabalho e emprego decente sem fortalecer o sistema e fazer essa definição”, disse.
Há negociação em curso para que as bancadas governamentais, dos trabalhadores e dos empregadores sejam formadas pelo mesmo número de representantes – quatro em cada mesa de negociação. O equilíbrio também deverá ser mantido na secretaria e na relatoria do evento.
Postado Por:Edson Silva
Fonte:Luizcouto
Postado Por:Edson Silva
Fonte:Luizcouto
0 comentários:
Postar um comentário