No fim de junho, a relatora especial da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre violência contra a mulher, Rashida Manjoo, afirmou ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, que mais mulheres e meninas estão sendo assassinadas pelos parceiros ou familiares. Segundo Manjoo, a violência de gênero atingiu proporções “alarmantes”. De acordo com o relatório, enquanto a maioria dos homens é assassinado nas ruas, no caso das mulheres, na maior parte das vezes, esse crime ocorre em casa.
Uma pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostra que no Brasil 29% das mulheres relatam ter sofrido violência física ou sexual pelo menos uma vez na vida. Destas, 25% não contaram a ninguém sobre o ocorrido e 60% sequer saíram de casa por uma noite em razão da violência. Menos de 10% das mulheres pesquisadas recorreram a serviços especializados de saúde ou segurança. A experiência internacional nessa área indica que, em média, a mulher leva 10 anos para pedir socorro.
Papel do Estado
De acordo com a secretária de Estado da Mulher e Diversidade Humana, Iraê Lucena, o trabalho é realizado de forma integrada com as secretarias de Saúde e Segurança e Defesa Social para reduzir os índices de violência contra a mulher. “Dentro da área de Saúde, foi integrado o enfrentamento à violência contra a mulher. Também criamos o Fórum Estadual de Organismos Governamentais de Políticas para Mulheres, que possui 20 organismos de apoio em municípios que não tinham nenhuma referência. Instalamos a Casa Abrigo, que hoje funciona normalmente, atendendo mulheres com a ajuda de uma equipe integrada com profissionais de várias especialidades”.
Postado Por:Edson silva
Fonte:PB Agora
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