terça-feira, 16 de outubro de 2012

MEU MESTRE...

Foi meu pai, o meu mestre maior. Mestre na maneira simples de ser, e na descontração de gerar dez filhos, na certeza de sentir que aquela seria a sua missão. Missão essa que se complementou, com a adoção de mais um. Onze. Nada demais pra quem gostava tanto de futebol. Um time de sete machos e quatro fêmeas. Um ponto de referência que nos deixou há trinta e poucos dias. Oito de setembro de 2012, justamente no dia em completou oitenta e dois anos. Um ciclo fechado. Perfeito, para quem escreveu na linha do tempo e viu o Face de uma família bem educada. Um mestre, junto a uma educadora. Minha mãe é a grande educadora, de hoje, onze filhos, netos e bisnetos. E não perde a alegria de mostrar a todos, que a vida continua, quando, ao segurar um dos que chegam ao mundo, agora, que a vida continua; que eles não tem nada a ver com o rítimo e sim, cantar a melodia de um novo acontecer. Minha mãe não é mestra; é educadora. Educou o comportamento coletivo de uma, duas, três gerações. Mostrou, apoiado no mestre –seu esposo – como aproveitar o talento que Deus não pára de dar, a cada ser que chega para uma nova experiência de vida. Fica difícil de ser administrado, quando não tem em si, o comportamento básico para um progresso rápido e claro, a ser atingido: o desenvolvimento do indivíduo. A inclusão social não é tarefa apenas de professores. É sim, obrigação dos pais, porquanto lhes foi dada essa missão, de serem verdadeiros educadores. O sorriso que uma criança dá a um professor, dentro de uma sala de aula, é o reflexo do equilíbrio que qualquer uma necessita, para espelhar diante do professor.

Agora pense, no quanto foi difícil foi a tarefa de educar aquele, que seria o grande transformador de um pensamento; de mudar o comportamento social, moral, filosófico e sobretudo,humano, de uma era. Jesus, foi, uma criança, como outra qualquer, com as mesmas necessidades fisiológicas e comportamentais das demais crianças. Ele, enquanto na fase de “educando”, não sabia da grande missão à qual estaria imcumbido. Mas, Maria, sabia desde o início, que teria diante de si, a difícil tarefa de lapidar uma pérola. E quanto mais rara é a espécie da jóia a ser mostrada, maior a paciência, o zelo, a certeza do resultado final.

Foi por isso, que quando ela O deixou na escola maior, a Faculdade da Vida, já tinha a certeza de que alí, estava o Mestre.

Eudes Nazareno. 16 de outubro de 2012.


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