quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

CETAMINA


 

                               DEPRESSÃO

   O avanço da doença de um advogado norte-americano de 40 anos, depois de recuperado fez com que ele descrevesse a doença que o acometia como o encontro com o “demônio do meio-dia”. Trata-se de Andrew Solomon, autor de um pequeno clássico sobre o tema em 2001. Deixou de trabalhar, não se comunicava com a família, isolou-se no quarto, comia a comida fria, sem se importar, os banhos tornaram-se raros e o barbear, deixou de lado. Isso acontecia no lar, entre a esposa e os filhos. A comunicação era apenas por bilhetes, por debaixo da porta . Coisas como “papai, sinto a sua falta” e até pensar em suicídio foram vibrações que passaram pela cabeça do advogado.

                                TRATAMENTO
 

    Ao contrário de muitos doentes, os tratamentos à base de eletrochoques, não corresponderaram positivamente. Aí, entrou em ação, ainda em modo experimental em seres humanos e animais, a Cetamina. Lembra o psiquiatra Carlos Zarate, chefe do programa de terapias experimentais para transtorno de humor e ansiedade, do Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos, que ele era outra pessoa. Uma transformação impressionante, num curto espaço de tempo. Diz o psiquiatra que a Cetamina é “indiscutìvelmente a descoberta mais decisiva para o tratamento da depressão em meio século”.
A mais comum das doenças psiquiátricas atinge quase 20% da população mundial. Isso equivale a 1,4 bilhão de pessoas, das quais 38,8 milhões são brasileiros. A cetamina é uma luz na escuridão da busca para a solução. Usada e aperfeiçoada na década de 60, para atendimento aos soldados, na guerra do Vietnã, a Cetamina passou a ser consumida nos anos 90, como alucinógeno, nas baladas, no ritmo da música técno. Quando aplicada, cerca de 40 minutos após, a droga regula as taxas cerebrais de glutamato, neurotransmissor de ação extraordinária sobre o cérebro. Como todos os antidepressivos, ela atua no hipocampo e no córtex pré-frontal, regiões do cérebro associados à modulação do humor e aos processos de cognição, em especial à memória e ao aprendizado. Mesmo em tratamento, 1% das mulheres e 7% dos homens cometem suicídio. Isso ocorre geralmente, nas duas primeiras semanas de tratamento, quando o corpo dá sinal de recuperação, mas a mente continua em desespero. Sob a forma de injeção, a Cetamina só pode ser aplicada em ambiente hospitalar com o acompanhamento de um anestesista. Durante os 40 minutos de aplicação do procedimento, o paciente pode ter a sensação de disssociação entre o corpo e a mente, como se formas, cores e movimentos se embaralhassem – chamada ‘viagem’. Duas semanas depois, seus efeitos antidepressivos, se extinguem.
 
 
                                               SINTOMAS


      A depressão é uma doença muito complexa com impacto em diversos sistemas cerebrais e em outros órgãos. Vem acompanhada de outras complicações de saúde: Insônia, doenças cardiovasculares, diabetes, demências e outros transtornos psiquiátricos associados. Porém, nem todas essas relações foram completamente explicadas pela ciência. A expectativa, é que de 15 a 20% da população mundial, sofrerá de depressão, em algum momento da vida. 50% desses pacientes serão vítimas da doença de forma mais grave; 20 vezes maior é a probabilidade de suicídio entre os depressivos, quando comparados à população em geral; 30 a 40% dos doentes, não respondem aos tratamentos disponíveis atualmente. Apenas um terço dos pacientes se recupera com depessivos  tradicionais.
Bem, no meu entender, o que falta ao mundo é uma perfeita harmonia entre o cérebro, que é um instrumento da mente humana e o espírito, que é o instrumento que move o cérebro e por conseqüência, o comportamento, a inteligência. Está faltando DEUS.




Texto e Postagem: Eudes Nazareno.







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