sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

VIDAS SECAS





                       A seca no nordeste brasileiro, não é apenas um fenômeno da natureza. É certo que ela, a terrível, é sempre esperada de tempos em tempos. A exemplo dessa cruel situação de terra queimando a vegetação e ceifando vidas, estão em paralelo, os terremotos e maremotos na Ásia, os ciclones tropicais e europeus e os furacões nos Estados Unidos e América Central. Por incrível que pareça, a mais fácil das prevenções a serem contornadas com aplicações científicas, técnicas e sobretudo, políticas, é a seca. Não vamos falar aqui, de 'segmentos' na política. Vamos nos ater, aos interesses que Natureza promove, aí sim, políticos. Ciência e tecnologia, são usados, não para resolver de vez, a cada ciclo da seca, o problema da morte lenta, de animais irracionais e eleitores irracionai, com a promessa de procurar agulha em palheiro seco, pegando fogo, que vai só acrescentar, no ego de políticos aproveitadores, um paliativo caminhão pipa, uma relés cesta básica, para enganar as tripas. E se for afetado o sistema de energia elétrica? Iremos à exemplo dos paises de primeiro mundo, buscar a solução nos derivados de petróleo? Tanta luz solar, tanto vento,um rio que 'sabe' por onde corre desde o início na seera da Canastra, em Minas e caprichosamente deságua nos mares do nordeste do país. Um "Velho Chico", como canta Caetano Veloso na música O Ciúme, que irônicamente zomba com a cara dessa troça nojenta, que só faz usar o povo, dando pão e circo prá enganar. Desde D. Pedro II, essa transposição das águas do S. Francisco é sonhada, planejada e agora iniciada, prá rimar, parada.
                       Mas tem uma notícia, pelo menos animadora. Segundo o governo da princesa Dilma Roussef, cerca de trezentos mil paraibanos vão sair da posição de lascados para serem promovidos a pobres. O alento governamental se baseia na distribuição de bolsas, no meu entender, esmolas, que são distribuidas com a intenção de dizer: "a seca existe mas ninguém morre seco de fome" E a agricultura? e os animais que morrem à beira das rodovias nordestinas, paraibanas, como se num gesto de demonstração tabém diriam"temos fome e sede?
                      O problema é tão simples de solucionar. Está bem na cara. Usando a energia eólica, com cataventos, perfurando poços, em qualquer pedaço desse nordeste, no subsolo, tem água. Muita água.O que não cai de cima está bem guardado embaixo. O negócio é seguinte: Não deixar o povo de barriga cheia, fruto do próprio trabalho, do abençoado suor, só pensar em agradecer, porque está sobrevivendo. Um povo que não vive, apenas aguenta. Ainda assim, uma gente que rí.

             Texto e Postagem: Eudes Nazareno

                            7 de dezembro de 2012.
                     
                                                            


                       

 

        

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