No campeonato mundial do consumo de crack, o Brasil está na triste na vice-liderança, só perdendo para os Estados Unidos, segundo o Levantamento Nacional de Álcool e Drogas. O estudo feito pela Universidade de São Paulo em setembro último ocupa essa posição em consumo de cocaína e derivados fumáveis (crack, oxi e merla), com 2,8 milhões de usuários atrás apenas dos Estados Unidos.
O número é considerado assustador, pelo psiquiatra Ronaldo Laranjeira, coordenador da pesquisa.
Ao tempo em que a Organização Mundial de Saúde (OMS) informa que o consumo cai no mundo, no Brasil e países em desenvolvimento observa-se o contrário. O pesquisador afirma .
Nós estamos muito lentos em relação à epidemia. “Não sei se teremos recursos para cuidar de maneira eficaz de todo esse fenômeno”, diz Laranjeira. O uso mais comum da cocaína é em pó. Mais de cinco milhões de pessoas (4% dos adultos) já cheiraram a droga pelo menos uma vez na vida. Cerca de dois milhões já consumiram cocaína em fumo. Entre os adolescentes 442 mil (3% entre 14 e dezoito anos) já provaram alguma variação da droga. A região Sudeste abriga 1,4 milhão de usuários( 46% do total), seguida pelo Nordeste, com 800 mil (27%), Centro Oeste e Norte cada qual com 300 mil (10%) e, por último o Sul com 200 mil usuários (7%). O consumo em áreas urbanas tem o triplo do registrado em regiões rurais. A pesquisa aponta ainda que 45% dos usuários experimentam cocaína pela primeira vez antes dos 18 anos de idade. A maioria dos consumidores(78%) declarou ter facilidade para adquirir a droga.
Texto e Postagem:Eudes Nazareno
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