sexta-feira, 5 de julho de 2013

A SAÚDE PÚBLICA ADVERTE O ATO MÉDICO FAZ MAL À SAÚDE



Não ao Ato Médico

Representantes das profissões da área se reuniram, na tarde desta quarta-feira (3), com o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e questionaram para onde será conduzida a política da área. Na ocasião, foram reforçados os argumentos contrários à aprovação do Ato Médico. “Esperamos que o Ministério da Saúde tenha percebido a gravidade do PL e se posicione junto ao governo favorável ao veto”, disse o presidente do CFP, Humberto Verona, presente na reunião. Articulação Representantes das profissões da saúde Antes da reunião com o ministro, os presidentes dos Conselhos, Associações e Federações da Saúde se reuniram para debater os principais pontos contrários à aprovação do projeto conhecido como Ato Médico. Sob o argumento de regulamentar as atribuições da Medicina, o PL engessa as outras profissões da Saúde. Ao reservar aos médicos o diagnóstico e a prescrição terapêutica, deixa todos os demais profissionais da área de braços cruzados a espera do encaminhamento do médico. Isso se agrava quando é feita a análise do cenário atual do País, que apresenta um déficit de 54 mil profissionais da Medicina, de acordo com estimativa do Ministério da Saúde. Quem perde é a população brasileira, é a política de Saúde do País. O projeto é uma defesa corporativa dos atos médicos e não uma defesa da Saúde pública. Do jeito que está, o PL prioriza uma Saúde privada e não uma pública. Dia Unificado Os profissionais da área da saúde convidam para o “Dia unificado de luta pela saúde”, no dia 4 de julho, às 17h, em todo o Brasil. Será um ato em defesa da saúde pública e pela não aprovação do Ato Médico. O “Dia unificado” traz como temas: * Veto ao Ato Médico; * 10% do Orçamento para a saúde; * Acesso à saúde integral e multiprofissional; * Condições adequadas de trabalho. Impacto entre psicólogas (os) e profissionais de saúde - Psicólogas (os) perderão possibilidade de diagnosticar sobre saúde mental e fazer prescrição terapêutica. Exemplo: Não poderá nem diagnosticar depressão, nem indicar terapias. - Enfermeiras (os) não poderão fazer um exame de sangue sem autorização de um médico. - Fonoaudiólogas (os) não poderão diagnosticar problemas de fala nem prescrever exercícios e tratamentos. - Nutricionistas não poderão diagnosticar distúrbios alimentares e indicar tratamentos. - Acupuntura será privativa de médicos, por ser considerado procedimento invasivo. - Só médicos poderão emitir atestados e realizar perícias. - Só médicos poderão trabalhar na direção e chefia dos serviços de saúde - Hoje, equipes multidisciplinares definem em conjunto o diagnóstico e o tratamento, somando suas diversas visões de saúde e de doença para chegar à melhor intervenção. Com o PL, isso poderá se perder.

Fonte: Conselho Federal de Psicologia            

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